domingo, 11 de maio de 2014

Origem dos Terremotos


     Terremotos são provocados pelo atrito entre as placas tectônicas, grandes blocos de rochas e minérios
que constituem a crosta terrestre, que flutuam sobre o magma do manto terrestre. Essas placas estão em movimento constante, e por vezes se chocam. Isto provoca abalos sísmicos. Logo, locais próximos às zonas de encontro são mais propensos a terremotos e/ou tsunamis, que podem ocorrer caso haja um terremoto sob o mar. O ponto inicial de um terremoto fica no subsolo, chamado hipocentro. A manifestação deste na superfície é o epicentro.
    No Chile, Japão e Califórnia, ocorrem mutos terremotos. O motivo para estes:

  • Chile: este se encontra numa zona de choque entre as placas de Nazca e Sul-americana. Elas estão em constante atrito, pois a placa de Nazca está afundando sob a Sul-americana. Este movimento ocorre “aos trancos”, com acúmulos e liberações de energia, que causam os abalos.
  • Japão: o país se localiza perto da divisa entre as placas do Pacífico e da Eurásia, em que ocorrem fortes colisões. O epicentro do sismo fica no mar, o que frequentemente causa tsunamis.
  • Califórnia: o atrito ocorre entre as placas do Pacífico e Norte-americana, que se afastam, gerando uma grande rachadura na superfície; a famosa Falha de San Andreas.

Escala do tempo geológico


    A escala geográfica em questão é a escala do tempo geológico, que começa na origem e formação da Terra, dividindo sua história em quatro grandes períodos chamados Éons, que se subdividem em vários outros períodos menores, e assim por diante. Estas divisões são determinadas, na maioria das vezes, por radiometria, que consiste em analisar o decaimento de isótopos radioativos de meia-vida de grande duração, frequentemente de mais de um bilhão de anos, como alguns tipos de urânio, samário e tório. A ciência que faz a datação radiométrica das rochas é a Geocronologia.
     A tabela que demonstra os períodos do tempo geológico é chamada tabela cronoestratigráfica ou geocronológica.



     Éons: são divididos de acordo com a evolução da vida.

  • Hadadico: formação da Terra e da Lua;
  • Arcaico: apareca a vida, na forma de bactérias procariontes (sem núcleo definido);
  • Proterozóico: Surgem primeiros seres pluricelulares, mas muito simples;
  • Fanerozóico: A vida evolui até os dias de hoje.


     A partir daí, o Fanerozóico se divide em Eras (Paleozóico, Mesozóico e Cenozóico), que por sua vez se dividem em Períodos e alguns destes em Épocas.
Apesar de a geocronologia determinar a idade das rochas, é a Paleografia que determina as mudanças geológicas ocorridas ao longo da história terrestre. Alguns dos principais acontecimentos geológicos já acorridos foram, do mais antigo para o mais recente:

  • Formação da Pangéia, há aprox. 245 milhões de anos;
  • Início da fragmentação da Pangéia, há aprox. 230 milhões de anos;
  • Aparecimento do Oceano Atlântico Sul, há aprox. 130 milhões de anos;
  • Separação da Austrália e Antártida, há aprox. 34,6 milhões de anos;
  • Ligação das Américas, há aprox. 4,5 milhões de anos;
  • Elevação dos Himalaias, há aprox. 2,5 milhões de anos.

A Origem dos Tsunamis

     A origem dos Tsunamis (enormes ondas de aproximadamente 10 metros que podem chegar até 800km/h e que quando chegam perto do litoral acabam desacelerando e aumentando de tamanho causando danos enormes) vem do movimento das placas tectônicas que formam a crosta terrestre.As placas estão flutuando sobre o manto terrestre, formado por magma. Estas placas estão em movimento constante empurrando e se chocando umas com as outras com uma força inimaginável e formando zonas de tensão. Até que uma hora elas escorregam uma sobre a outra, liberando esta pressão e chacoalhando tudo que está em volta. Quando  o epicentro é em uma área onde a superfície é seca, resulta em um terremoto. Já quando é embaixo do mar, forma um tsunami, também chamado de maremoto.
     Quando isso  ocorre no Oceano Atlântico ou no Oceano Índico, seus efeitos são limitados porque as medidas de altitude das ondas nestes oceanos e a diferença de nível entre suas marés  não são superiores à 30 cm, fazendo com que consigam avançar algumas dezenas de metros para dentro do litoral dos países e ilhas que são banhados por suas águas. Porém quando ocorre no Oceano Pacífico, seus efeitos são muito maiores e não precisam estar muito próximos da costa, ao contrário, quanto mais distantes maiores serão os danos. Isso se explica pelo fato de que o Oceano Pacífico não é apenas o maior oceano do planeta, como também é proporcionalmente maior em volume de águas, uma vez que além de ser maior, ele também é mais elevado do que os demais.

Origem do Vulcanismo: Islândia e Havaí


 HAVAÍ:

     
     A cadeia de ilhas vulcânicas do Havaí foi formada por um tipo de vulcanismo conhecido como hot pot (ponto quente). Que é quando há concentração de calor em algum ponto do manto que são capazes de produzir magma, que sucessivamente, sai por extrusão em direção da superfície na forma de vulcões.
     As ilhas não foram formadas em simultâneo, porém se originaram do mesmo ponto quente, situado debaixo da Placa do Pacifico, isso porque, como a placa se desloca cerca de 13 cm para o oeste por ano as ilhas se afastam do ponto fixo, deixando de ter atividade vulcânica. Quanto mais longe do ponto fixo, mais antiga é a ilha.
     A ilha do Havaí á a mais recente, no leste do arquipélago, com cerca de 500.000 anos, situada bem em cima do ponto quente, por este motivo, é a única que ainda mantém atividade vulcânica.



ISLÂNDIA:



      Afastamento de placas tectônicas origina fissuras na crosta através das quais magma acende á superfície formando vulcões.
Este é o caso da Islândia, que  tem uma alta concentração de vulcões ativos devido a condições geológicas únicas,ela representa cerca de 30% de toda lava emitida na Terra e  é a maior parcela de terra inteiramente de origem vulcânica, formada ou por planaltos formados pela atividade vulcânica tipo fissural ou por grandes vulcões de forma cônica responsáveis pela atividade vulcânica tipo central.
     Uma erupção fissural  é uma erupção vulcânica que ocorre ao longo de uma fissura na crusta, em geral com poucos metros de largura, mas com centenas ou mesmo milhares de metros de comprimento. A lava é expelida pela fissura escorrendo sobre a superfície.Uma erupção central é quando o magma ascende por uma conduta principal, ou chaminé dando geralmente origem a um cone vulcânico.


     Erupção fissural                                                        Erupção central  

Origem das fossas abissais



As fossas abissais são depressões que se formaram a milhões de anos, nas chamadas zonas de subducção, trechos da crosta terrestre onde as placas tectônicas convergem pelo movimento das placas tectônicas, que ao se chocarem parte de uma placa entrou embaixo de outra, formando regiões longínquas e estreitas de maior profundidade,no solo submarino, no limites entre algumas placas tectônicas.


Um perfeito exemplo deste fenômeno é a Fossa do Atacama, próximo a Peru e Chile, que resultou do choque entre uma placa continental sul americana e a placa oceânica de Nazca.

  




comparação da altura do monte 
Everest com a profundidade 
das fossas abissais.

A origem das cadeias montanhosas: Andes e Himalaia.


Formação dos Andes


A cordilheira dos Andes surgiu em resultado de um choque ocorrido entre duas placas tectônicas a de Nazaca e a placa sul-americana. Há milhões de anos, a placa de Nazaca moveu-se em direção à placa sul-americana e, por ser mais densa, penetrou por baixo, causando a elevação do terreno sobre essa zona de choque, dando origem às elevadas montanhas que hoje formam a cordilheira dos Andes.

Durante anos os pesquisadores acreditaram que o surgimento da cordilheira dos Andes teria ocorrido de forma lenta e gradual. Entretanto, pesquisas recentes realizadas por geólogos norte-americanos reformularam esta teoria, indicando que a cadeia montanhosa que forma a Cordilheira dos Andes surgiu abruptamente, dobrando de tamanho entre 4 e 6 milhões de anos.




Formação do Himalaia.


O Himalaia é uma das mais jovens formações de montanhas mais jovens do planeta. Sua formação se deu por dois motivos: Uma colisão continental, ou então, pelo processo de orogenia entre as placas Indo-australianas e da Eurásia. A colisão iniciou-se no Cretáceo Superior há cerca de 70 milhões de anos, quando a placa Indo-australiana se moveu rumo ao norte e colidiu com a placa da Eurásia. Há cerca de 50 milhões de anos, com a movimentação rápida da placa Indo-australiana, a junção já havia se estabelecido.

 

sábado, 10 de maio de 2014

Teoria da Tectônica de Placas


     Na teoria da tectônica de placas a parte mais exterior da Terra está composta de duas camadas: a litosfera, que inclui a crosta e a zona solidificada na parte mais externa do manto, e a astenosfera, que inclui a parte mais interior e viscosa do manto. Numa escala temporal de milhões de anos, o manto parece comportar-se como um líquido superaquecido, mas em resposta a forças repentinas, como os terremotos, comporta-se como um sólido rígido.

     Esta teoria surgiu a partir da observação de dois fenômenos geológicos distintos: a deriva continental, já apresentada anteriormente e a expansão dos fundos oceânicos, detectada pela primeira vez na década de 1960. A teoria propriamente dita foi desenvolvida no final dos anos 60, por Robert Palmer e Donald Mackenzie  , e desde então tem sido universalmente aceite pelos cientistas, tendo revolucionado as Ciências da Terra (com relevância tão grande como o desenvolvimento da tabela periódica, na química).
     A divisão das camadas exteriores da Terra em litosfera e astenosfera baseia-se nas suas diferenças mecânicas. A litosfera é mais fria e rígida, enquanto que a astenosfera é mais quente e mecanicamente mais fraca. Esta divisão não deve ser confundida com a subdivisão química da Terra, do interior para a superfície, em: núcleo, manto e crosta.